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(Luciane Vieira - 25/02/2009)

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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

MEDO (de: Luciane A. Vieira – 20/03/2011 – 00:09h)




MEDO
(de: Luciane A. Vieira – 20/03/2011 – 00:09h)

Tenho medo:
Da chuva de ignorância a impregnar a pele...
Do tempo passado sem seguir em frente...
Da ignomínia bravata dos afetos inseguros...
Do sol nublado pela inconstância de sua lua...
Do ser sem ardor a espancar o coração
Daqueles a lhe dedicar afeto seguro...
Do sereno gélido existente na corola de uma flor,
Singela dor, na pausa irrequieta e insegura,
De uma nota engasgada na voz rouca e calada...
Deu medo:
Quando senti que o céu se abria chamando, mas
O inferno persistiu em manter-me cativa...
Quando após a treva abriu-se cega luz, mas
Persistiu o breu ao olhar...
Quando tudo se escondeu no interior do ser
Mas ainda era alva estrela a permear o
Céu da visão...
Da calva ilusão presente no chão
Chamuscado pela centelha ígnea de um som,
Um tom claudicante de emoção e de vida,
Erradicada ferida,
A se perder na aurora tardia...
Mas ainda tenho em meu seio muito afeto,
Emoção que não se acaba,
Semente a brotar da flama de um sentido
A se fazer véu transparente de paz
No emaranhado ardente de sonhar e
Viver no segredo insano, mas palpável
Do receio de sentir a cada minuto
A insegurança de não entender o destino
De um sentimento dominante e preciso
Repleto de carinho...
       Apesar do medo de errar...

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