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(Luciane Vieira - 25/02/2009)

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sábado, 3 de dezembro de 2011

CAMINHOS PROFUNDOS (Luciane A. Vieira – 02/12/2011 – 21:38h)




CAMINHOS PROFUNDOS
(Luciane A. Vieira – 02/12/2011 – 21:38h)

Abri meus caminhos
Das profundezas inimagináveis
Da desilusão
E daí me ergui...
Fugidia força motriz e
Me criei a partir daí
Sem medos e sem cuidados:
Eu apenas sobrevivi...
Me empanturrei
Com os descaminhos soturnos
Enviados pela vida mesquinha
Qual nuvem de subterfúgios
Funestos delírios
Inconseqüentes suspiros
E quis pensar em ser feliz... mas
Um dia acordei e notei
Não existir nada à minha volta
Nada em meu destino
Sequer havia um caminho... e assim
Ruiu o meu mundo
Desabaram meus muros...
Tentei erguer (das cinzas!)
Os restos de ternura
Os rasgos de ventura
Os poucos sorrisos... mas
Os invernos tristes e
Corroídos da ilusão foram cortantes...
Nada mais resta, no fundo,
Neste parco e destituído pacto
Nesta triste e desiludida tumba
Dos arquivos intransponíveis da
Minha irremediável
Solidão...

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